segunda-feira, 18 de setembro de 2017

A interação com crianças: como conhecê-las melhor?



Recentemente, aproveitei uma folga para colocar a minha leitura em dia. Tenho procurado aprender mais sobre as pessoas e como posso entende-las para melhor poder atuar na Educação. Terminei um livro que havia começado a algum tempo. Retomei alguns capítulos e finalmente terminei de ler a obra. Trata-se do livro Decifrar Pessoas – Como entender e prever o comportamento humano, de Jo-Ellan Dimitrius e Mark Mazzarella, editora Alegro. O livro todo é muito interessante e bastante útil, mas, me chamou muito a atenção o capítulo onde os autores trataram das crianças. Tão interessante foi, que tomei a liberdade de compartilhar um pouco do que aprendi com você. A ideia aqui, é ajuda-lo no sentido de conhecer um pouco mais as suas crianças, a partir de uma interação mais refinada e assim ser mais fácil a compreensão do mundo deles.
Todos sabemos que as crianças chamam a atenção a seu próprio modo. Algumas pessoas têm muita facilidade com elas, enquanto outras, mesmo que sejam pais ou parentes mais próximos, encontram muitas dificuldades em se comunicar com elas. A interação com as crianças, a forma adequada de fazer essa interação, é o que pode definir o comportamento das mesmas, bem como ser a ferramenta que nos dará uma maior compreensão do mundo de nossos filhos. Na maioria das vezes, saber lidar com as crianças, é um traço não genético, mas uma habilidade adquirida. Portanto, precisamos conhecer melhor os nossos filhos, para que possamos então garantirmos uma interação saudável. O primeiro erro nosso, é acreditar que o comportamento de nossos filhos, é inerente a um traço de personalidade imutável. Não é verdade. Podemos sim mudar o outro. A educação é isso: moldar, acomodar, inserir e tornar o outro socialmente aceito. Se acharmos que está tudo bem com o comportamento de nossos filhos porque herdaram isso de alguém da família, é admitir que não há o que se fazer. Aí sim, é que a situação foge ao nosso controle. Por isso, tenho dito que somente conhecendo mesmo as nossas crianças em casa e na escola, é que poderemos ter o controle de situações e o domínio saudável de uma relação, onde a criança busca segurança e confiança.
Crianças manhosas, dramáticas e manipuladoras em casa, serão assim também na escola, no condomínio em um encontro de família, igreja e onde mais ela conviver. Se deixarmos ela fazer tudo em casa, estamos também dando a ela um salvo conduto para que façam em outros ambientes o que acham que podem fazer. Olhe o problema... em outros ambientes, as regras sociais e de convívio obviamente são outras e, claro, estamos sujeitos a respeitá-las. A perfeita interação de nossos filhos no mundo em que vivem, depende da forma como, em casa, nós colocamos as regras. Afinal, a família é uma instituição educadora e, é sim a primeira escola de nossos filhos fundamental para a formação de cada um! Como se diz: “ educamos para o mundo” e o mundo não é nosso lar. Por isso vai a regra: disciplinar em casa, é ensinar para o mundo. Nós, pais, precisamos dessa sensibilidade. Precisamos de inserir os nossos filhos em nossos jantares, de forma a aprenderem a se comportar diante dos convidados, respeitando as regras sociais e comportamentais. Precisamos de levar os nossos filhos em nossas viagens e festas, ensinando-os a terem uma conduta de acordo com o que cada ambiente e evento exige de cada um de nós. Precisamos inserir os nossos filhos em uma reunião de família, onde se está discutindo o orçamento doméstico, pois precisam saber como deverão conter os desejos de consumo para não ficarem exigindo o que não estamos podendo dar. Tudo isso é uma maneira de conhecermos mais os nossos filhos e também deixá-los com parcelas de responsabilidade. Essa ação educativa, não só nos ajuda a decifrar os nossos filhos, mas de maneira positiva, inseri-los na realidade em que vivem. Cientes e convencidos, passam a fazer uma leitura diferente da vida, de seus desejos e de suas responsabilidades. Que maravilha! Fácil? Não, nada fácil. Formar pessoas é sem dúvidas o maior desafio da família e da escola. Tentamos acertar sempre, aprendendo com os erros e equilibrando as ações. O que não podemos fazer, é deixar para lá, esperando que o tempo dê jeito. Não resolve e pode até piorar. O que resolve é o cuidado, a atenção e os esforços conjuntos da família e da escola. Estamos juntos!


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